Sempre que íamos almoçar e a carne era frango (ave, por favor, heim!), minha mãe só me servia com uma asinha de galinha e, se eu implorasse muito, um pescoço e um pé da bendita e deliciosa ave para mim.
E ficava grilado porque meu pai, por outro lado, recebia a coxa, sobrecoxa e, quase sempre, a titela (peito) da galinha. A justificativa da minha mãe era de que meu pai trabalhava e que por isso, além de por o "pão" em casa, para o seu trabalho ele precisaria de mais energia. Sinceramente, não me convenceu!
Até que, um dia, completando acredito que 14 anos, meu pai me perguntou se eu gostaria de ganhar o presente ou uma certa quantia para eu comprar o que quisesse. E eu, optei pelo presente. Quando ele me perguntou:
- Que presente você quer ganhar? Respondi na hora:
- Uma galinha inteira assada, só para mim. Ele não acreditou, e novamente perguntou:
- Fala sério filho, o que queres ganhar? E, de novo respondi:
- Uma galinha ou galeto, só para mim. Ele deu uma risada, mas... pediu-me para acompanhá-lo até o barracão de Teteu, na Usina Barra, Vicência-PE (onde morei). Pois, lá tinha de tudo, quase.
Ao chegarmos ao galinheiro, a esposa do Teteu, apresentou-nos duas gordas galinhas. Uma (ainda me lembro) tinha 2,8 kg, enquanto a outra pesava 3kg. Disse meu pai:
Rá, rá! Adivinha a que eu escolhi?! (Risos)
Então, à noite, a família comia uma galinha e eu saboreava minha primeira galinha assada inteirinha só pra mim, acompanhada de um vinagrete, a qual dividia apenas com minha cachorrinha - apenas os ossos. Mas... inteirinha? Estou mentindo, pois os pés não entraram no assado. Tudo bem, já perdoei a cozinheira por isso. KKKKKKKKKKKKKK!!!!!!
Dica:
ResponderExcluirTio bolinha faz vídeo pro YouTube ninguém usa blog 😁