É comum próximo do ano findar, as empresas organizarem momentos de confraternização entre os funcionários. E não foi diferente no escritório da falecida Usina Barra, em Vicência, Pernambuco.
Eu trabalhava como operador de sistemas naquela empresa e, próximo da hora de seguirmos para o almoço de confraternização no restaurante H-UCHA, em Timbaúba, o meu chefe me solicitou que pegasse o envelope de pagamento (contendo o dinheiro) de determinado funcionário no porão do arquivo-morto, onde guardávamos temporariamente, já que eram muitos e não cabiam no cofre. Só não imaginava que estava tão próximo da hora de ir assim.
Ora, não demorei mais do que 2 minutos, mas, ao subir e olhar para o escritório, o mesmo estava vazio, nenhum vestígio de ser humano.Umas 9 pessoas trabalhavam ali e nem o copeiro ou gerente estava ali. Cheguei a pensar que se tratasse de alguma pegadinha, afinal meu chefe deveria estar me esperando para que eu entrega-se o envelope. Ainda perdi algum tempo procurando alguém escondido embaixo dos bureaus (birôs) ou nos banheiros. Em vão, pois até a porta estava trancada por fora!
Foi só aí que dei por conta: ESQUECERAM DE MIM. Os basculantes eram altos e tinha que ficar na ponta dos pés para ver alguma coisa lá fora. E, o que eu vi, foram os carros com os colegas indo embora para Timbaúba e eu ficando ali. O barulho da usina em funcionamento, não permitia que eles ouvissem meus gritos de TÔ AQUI, SOCORRO!!! Então, tive a fantástica ideia de retirar o dinheiro do envelope e sacolejá-lo pelas aberturas dos basculantes.
Ah, meu amigo, minha amiga, num instante me viram!
Quem disse que dinheiro não trás felicidade? (risos) E, é claro, o assunto à mesa de confraternização foi praticamente esse e as gargalhadas foram garantidas. Tadinho de mim. KKKKK!!!!
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